20 de agosto de 2007

Relinchar

Fui num mercadinho comprar meu miojo, quando um surpreendente senhor de uns 50 anos, surpreendeu-me com uma surpreendente declaração:

- Você tem os dentes muito bonitos.

- Como? Respondi meio atordoado.

Ele repetiu e enfatizou que o sorriso era "coisa de louco".

Enquanto o balconista tentava segurar o riso, analisei o cara. Ele tinha barba mal-feita, camisa desabotoada, estava meio sujo e com o cabelo totalmente assanhado. Ou seja, gay não era.

- Muito obrigado.

Ele continuava olhando cada movimento da minha boca. Pensei que ele fosse pedir pra pegar... Aprendi como é que se sente um cavalo quando a gente quer comprá-lo.

A explicação pode estar neste post...

14 de agosto de 2007

Flanelinha

Curtindo o ócio das minhas férias, decidi lavar meu carro. Fui lá na garagem que cabem o meu e mais três carros. Naquele momento havia apenas três.

Vesti um calção e uma camisa velhos, enchi o balde, peguei um rodo, uma flanela e fui lá. Já estava quase terminando quando chega um dos novos vizinhos. Ele abriu o portão de uma vez e, como não o conhecia, fiquei observando. Ele dirigiu a palavra a mim:

- Oi, boa tarde.

- Boa tarde. Respondi.

Continuando com educação, ele perguntou:

- Quem pediu pra você lavar esse carro?

Ué... ele não sabia que aquele carro era meu. Então eu respondi:

- Foi um senhor que mora aqui nesse prédio.

- Dá pra você lavar o meu também? É esse aqui... apontou ele, para um Celtinha duas portas preto.

Nesse momento, eu quis dar uma gargalhada e abrir o jogo mas preferi continuar.

- Eu não posso... meu patrão me mata se eu demorar mais. Quem sabe outro dia.

Ele agradeceu e saiu educadamente.
Na mesma hora subi para discutir com minha mulher.

É que sempre que sou mal atendido nas lojas, eu digo que é culpa de minha 'cara de pobre'. E ela sempre discorda. Até que enfim, tive uma prova: eu tenho cara de pobre mesmo.

Vai uma lavada aí?


Não que isso seja ruim. Pra mim foi até divertido.

Aguardo ansiosamente ter um encontro com esse novo vizinho para que ele me conheça de verdade, e tenha certeza de que não é só a cara, o que tenho de pobre... kkkkkk

2 de agosto de 2007

Ofício

De fome eu não morro.
Com o tempo a gente aprende que só passa fome e só é desonesto quem não trabalha.

Veja umas fotos que tirei, fazendo algumas coisas que muitos de meus clientes fazem:

Fazendo goma de tapioca

A mandioca é ralada e depois colocada de molho. Ela fica com uma consistência de canjica de milho. A gente vai colocando os pedaços na peneira para fazer pequenos blocos de farinha. Logo depois esses bloquinhos são colocados no forno gigante.

As mãos sujam muito
Mas goma é muito fácil de lavar. Sai num instante.
Fazendo renda de birro
Uma pra cá, duas pra lá, volta pra cá, enrola ali, coloca o espinho... tudo de novo, só que do outro lado, puxa outras duas, enrola, passa de uma mão pra outra, enrola... ufa! O resultado de uma semana seguida executando esse processo são belas camisas e vestidos de renda que são muito valorizados no exterior. Pense num troço difícil de fazer? Isso.


Tempão sem postar

Gente, agradeço aos milhares de umas 3 pessoas que sentiram falta das atualizações do blog. Eu realmente me sinto mais importante e útil quando alguém sente a minha falta.

Não sei se isso é assim com todos...

Mas o fato é que na minha cidade só tem um provedor de internet e este estava com sérios problemas. O cara prometeu que vai ficar mais rápida. Vamos ver.

Abração a todos!

Vou entrar de FÉÉÉÉRIAS!!!

Não que eu não goste do meu trabalho. Eu amo.

Mas é bom descansar um pouquinho. Vou tentar descansar o máximo, fazer alguns exames e visitar minha terra natal.

Boas férias pra mim.

Faz parte...

Quando vai entrar alguém novo na empresa, passamos uma semana só mostrando como é o trabalho para que ele perceba se se identifica ou não com o ritmo.
Levei um cara para a cidade de Trairi. Mostrei todos os processos e tal.

Na hora de voltar pra casa, como de costume, eu passo no posto de gasolina na entrada da cidade e abasteço a moto, pois lá a gasolina é mais barata.

Parei no posto, o cara desceu da moto e aguardou o tanque encher. Quando encheu, paguei ao frentista e, como de costume, saí em disparada. Eu havia esquecido do rapaz, e fui me dar conta disso quase um quilômetro depois. Voltei imediatamente e quando o encontrei:

- Cara, por que você não deu um berro me chamando???

Ele respondeu:
- Pensei que fizesse parte do processo seletivo, eu mostrar muita calma nessa hora.
kkkkkkkkkkkkkkkk